"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


sábado, 6 de março de 2010

Esgoto causa degração ambiental e intrafegabilidade de via pública



Uma situação que evidencia o descaso vivido pela população tem incomodado moradores da rua 137, no bairro Beira Rio II há muito tempo. O logradouro, que fica atrás do antigo Espaço Fama convive com uma via pública intrafegável e a degradação ambiental do igarapé Ilha do Coco, que corta vários bairros da cidade.

Segundo informações dos moradores, desde 2007 um prédio de apartamentos de uma grande empresa despeja o esgoto doméstico no leito do igarapé. Como o edifício fica cerca de 400 metros de distância do rio, a empresa em questão instalara uma tubulação subterrânea para levar os dejetos e o esgoto doméstico para um charco, às margens da corrente de água, onde era feito o despejo.
Como não havia tratamento do material depositado, o mau cheiro e o ambiente insalubre transtornavam a vida dos moradores das imediações.

Depois de muitas reclamações na secretaria de Meio Ambiente e nos Serviços Autônomos de Água e Esgoto de Parauapebas (SAAEP), graças a intervenção de Francisco das Chagas Diniz o “Chiquinho” servidor lotado na SAAEP, a adutora foi lacrada. Segundo o morador Odílio Rosa da Hora, o problema foi resolvido, mas em 2008, a empresa voltou a escavar a rua para colocar uma nova tubulação. “Eu procurei saber por que eles estavam fazendo isso na SAAEP e o Edvando Cabral, que é o gestor informou que eles iam fazer a tubulação e o serviço seria fiscalizado pela prefeitura”. De acordo com Odílio, a empresa disse que estava tratando os dejetos, mas não conseguiu apresentar evidências, “até onde eu sei o tratamento não é feito na coleta e sim no lançamento, por meio de uma estação de tratamento de esgotos”. Para Odílio, o Poder Público está transferindo uma responsabilidade sua para a iniciativa privada, “já pensou se todo mundo resolve cuidar do seu próprio esgoto? Quem garante que eles estão tratando realmente o esgoto? De acordo com o morador, o que vem do edifício está sendo jogado no igarapé. Não é sem razão que o pequeno rio se torna cada vez mais poluído, se transformando num verdadeiro depósito de lixo doméstico e local de lançamento de esgoto clandestino.

Os serviços efetuados pela empresa também trouxeram outros problemas para os moradores. A escavação revolveu a terra e sempre que chove a rua fica intrafegável. Caminhões e veículos menores têm muita dificuldade em transpor o logradouro, “de vez em quando tem veículo atolado aqui”, disse um morador.

A lama é tanta que a rua perdeu uma saída. No seu lugar um monte de barro obstrui a passagem de veículos. O esgoto com lançamento de dejetos inadequado além de poluir o ambiente, ainda fez da rua 137 um beco.

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