"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


domingo, 12 de setembro de 2010

Preciosidade

Valéria tem olhos de medo
como o dos pássaros
pequenos e frágeis.

Há agitação
sob as camadas
de sua plenitude
alva.

Cabelos e plumas se confundem
no lume
que vejo
e que imagino...

Valéria
fala pouco
mas olha muito.

Pra mim, basta.

E sigo, besta
a escrever muito
e falar pouco.

Ah, se nossos silêncios
se tocassem...

(Fabio Rocha)

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