"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


sábado, 25 de junho de 2011

Parauapebas volta ao tempo das cisternas





Depois de cinco dias sem água, em razão de um rompimento de uma adutora, o problema que assola o município há seis anos voltou a ganhar destaque na imprensa. Além dos jornais locais, uma reportagem de uma emissora de TV expôs a situação caótica da cidade para todo o Estado.

A cidade tem crescido assustadoramente e o Poder Público não consegue provê o líquido para seus habitantes.

O sistema de água do município foi implantado no início da década de 90, mais exatamente na administração do prefeito Francisco Alves de Souza, o “Chico das Cortinas” e custou cerca de U$ 14 milhões.

Por quase uma década a água tratada atendeu a demanda sem maiores problemas, mas, no final do mandato da prefeita Bel Mesquita era visível a necessidade da ampliação da oferta de água.
Com a expansão do perímetro urbano e dos novos loteamentos, o problema agravou-se no primeiro mandato do prefeito Darci Lermen, que foi obrigado a anunciar um rodizio provisório na oferta de água, que já dura quase seis anos.

De lá para cá, mais de R$ 20 milhões foram gastos e o problema continua, com o agravante de que comunidades recentes e importantes para a vida da cidade, como Caetanópolis, Residencial Bela Vista, Liberdade II e boa p arte do Complexo Altamira nem sonham com água tratada. Os que conseguem o líquido se valem de mangueiras quilométricas, mesmo assim durante poucas horas da noite. Poderia se dizer que atualmente mais de 60% da população não estão contempladas.

Para justificar o fracasso da ampliação do projeto de água, em entrevista, o prefeito Darci Lermen afirmou que o problema da falta de água permanecia porque a Rede/Celpa não oferecia energia de boa qualidade para funcionar as bombas de captação.

No mês de maio o vereador Antônio Massud (PTB) dissera que o argumento da falta de energia não se sustentava. Numa visita in loco Massud verificou que três bombas de captação estavam sucateadas e jogadas no leito do rio. Na semana seguinte o vereador fez a denúncia no plenário da Câmara. “O problema é que equipamentos que poderiam estar sendo utilizados estão inutilizados”, O vereador fez várias fotos que foram divulgadas.

O ato de jogar a responsabilidade, que deveria ser dela, prefeitura, para a Rede/Celpa ruiu quando uma emissora de TV recebeu documento da concessionária de energia, que informava que não tinha sido procurada pela prefeitura. No comunicado, a empresa diz que a prefeitura nunca encaminhara o pedido de ligação, ou de vistoria.

Nesta terça-feira, para uma emissora de TV, o gestor dos Serviços Autônomos de Água e Esgotos de Parauapebas (SAAEP), Wilson da Silva afirmou que nos próximos dois meses a oferta de água seria estabelecida. Prudentemente, em nenhum momento, Wilson da Silva insistiu nas desculpas que não se sustentam ou se referiu à Rede/Celpa.

Nenhum comentário: