"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha
de ser honesto".

(Rui Barbosa)


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ávila concede entrevista ao jornal HOJE e fala de política



Desde o distante 1989, quando o empresário e ex-vereador Agnaldo Ávila, juntamente com a esposa, Elvina Santis chegou em Parauapebas para atuar no Fórum recém-inaugurado, já se passaram mais de duas décadas. Pode-se dizer que Ávila foi testemunha da transformação de uma cidade provinciana em uma metrópole regional. Hoje, à frente do empreendimento Nazaré Concretos, o empresário recebeu a reportagem do HOJE para a seguinte entrevista:

HOJE – Como começou a sua história em Parauapebas?
Ávila – Em 1989, um ano após a emancipação do município a minha esposa foi nomeada escrivã de todos os ofícios do fórum de Parauapebas e por essa razão viemos para cá.

HOJE – A maioria das pessoas vem para passar uma temporada e acaba ficando. Com vocês aconteceu isso?
Ávila – A função da minha esposa era temporária, porque o ingresso na função se dava através de concurso, mas o concurso demorou muito e acabamos ficando, com isso a minha esposa Elvina, que era sucessora natural do cartório de Marabá, direito adquirido na Constituição deixou de assumir o cartório de Marabá, mas os quase 20 anos que estivemos à frente do cartório de Parauapebas nos deu oportunidade de nos inserir no cotidiano da cidade e tomar conhecimento dos seus principais problemas.

HOJE - Depois de quase duas décadas à frente do cartório da cidade você atua hoje no segmento de concreto. Como está sendo a experiência de empresário?
Ávila – A Nazaré Concreto vai bem, graças a Deus, mas não há como negar que é muito difícil ser empresário hoje em dia no Brasil. Nós temos hoje uma carga tributária que é uma das maiores do planeta, de modo que trabalhar honestamente com tantos encargos é muito difícil, a legislação tributária e trabalhista precisa ser revista porque do jeito que está é necessário matar um leão por dia.

HOJE - Como se deu o seu ingresso na política?
Ávila - A nossa entrada na política era inevitável e depois de recebermos o convite da então prefeita Bel Mesquita para assumir a secretaria de Meio Ambiente fui para a prefeitura. Era uma secretaria muito difícil, outros prefeitos tentaram mais não conseguiram. A Bel fundou a Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente que cuidava da limpeza urbana, do meio ambiente, ganhando inclusive o prêmio Top de Ecologia. Criamos na época o DMTT e outros órgãos.

HOJE – Como foi essa experiência?
Ávila – Com dissemos, era uma secretaria difícil, porque não tinha nada de simpática, ou filantrópica, ao contrário, tomava decisões desagradáveis, deixava alguns insatisfeitos, mas a população aprovava, com aconteceu com a desocupação da Feira do Rio Verde. Às vezes nós tirávamos cavalos das ruas e os proprietários ficavam irritados, outras vezes uma barraca em local inadequado, mas as pessoas viam que estávamos fazendo o trabalho da melhor maneira possível e deu certo. Na eleição de 2004 fomos eleitos vereador com 1.904 votos, o quarto mais votado.

HOJE – Como você avalia seu trabalho na Câmara?
Ávila – Acreditamos que o Brasil tem jeito, Parauapebas tem jeito, agora, cada um tem que fazer a sua parte, nós fizemos a nossa parte no Legislativo, Fora dele O Instituto Alberto Santis que era uma instituição sem fins lucrativos disponibilizava serviços médicos e odontológicos à população que não tinha condições de pagar. Enquanto presidente da Câmara fizemos o maior fórum de segurança que a região já viu, com a presença de prefeitos, vereadores e membros do Poder Judiciário da região.

HOJE – Você construiu sua carreira política no PMDB, mas hoje pertence ao Democratas. Por que a mudança?
Ávila – Na última eleição ficamos suplentes no PMDB, mas com o passar do tempo, a gente ficou sem espaço dentro do partido, por isso tivemos que buscar um novo partido, que tivesse uma filosofia parecida com a nossa maneira de pensar. Vários partidos me procuraram, mas no final acabamos fechando com o Democratas.

HOJE – Nos últimos tempos o Democratas diminuiu de tamanho e se tornou um partido médio. Como fazer o partido voltar a ser protagonista?
Ávila – O presidente do partido em Parauapebas é o Magleano Baese, que sempre lutou por uma Parauapebas melhor. Ele me fez o convite para que eu o ajudasse a dar ordenamento ao partido e nós estamos fazendo isso, levamos pra lá pessoas sérias, fomos em busca de outros, que infelizmente estão atrás de vantagens e nós não oferecemos isso, por isso acreditamos que faremos a diferença nessas eleições.

HOJE – Desde o início da sua carreira política você queria ser prefeito. O momento é esse?
Ávila - Estamos a disposição do Democratas e o partido almeja uma candidatura própria, mas é evidente que ela precisa ser viável, se isso não acontecer vamos procurar outros partidos, vamos conversar sobre o que é melhor para Parauapebas. Uma vez eu disse pra você que tudo que eu tinha estava em Parauapebas. Essa é a cidade que escolhi pra viver, pra criar os meus filhos e netos, aqui eu montei minha empresa. Eu me coloco meu nome à disposição do partido, que no devido tempo, nas convenções de junho decidirá.

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